Em primeiro plano, a partir da esquerda, pode-se observar a Usina de Força, Complexo Tulha e Máquina do Benefício, Moinho de Milho e Ferraria, Serraria e Carpintaria, Galpões para Depósito e Chiqueirões. No centro, Sede e Igreja. Ao fundo, a partir da direita, Tulha de Arroz, Cinema e Empório, Casa do Administrador, Escritório, Casas de Funcionários da Sede, Escola, Armazém e Açougue.

O planejamento da Fazenda iniciou-se com a construção das barragens. Era primordial haver água para o funcionamento do maquinário. Ao todo, são seis barragens das quais três ainda abastecidas. Na época das chuvas, as comportas eram todas fechadas e as represas enchidas e, depois, paulatinamente, iam sendo esgotadas, uma a uma, suprindo às necessidades de água da Fazenda para uso geral e para o maquinário. A primeira instalação a usar o sistema hidráulico foi a serraria. Com ela se beneficiou toda a madeira, extraída da própria Fazenda, para a construção de telhados, portas, janelas e assoalho dos barracões e das casas da propriedade.

Ao todo, foram construídas mais de 306 casas, além dos barracões, que somavam mais de 20 mil metros quadrados de área construída. As águas eram importantes também para população, pois, com exceção da sede, não havia água encanada, sendo portanto uma preocupação geral o abastecimento para uso nas residências.

A Fazenda Santa Gertrudes na época possuía próximo de 1500 alqueires e o máximo de área que se conseguiu produzindo café foi de 400 alqueires. O fato é que, há 100 anos, ainda não havia sido introduzida energia elétrica e térmica nas empresas agrícolas. Tudo tinha de ser produzido na própria Fazenda. Desde as necessidades dos funcionários até os fertilizantes agrícolas. Na sede tudo se produzia para satisfazer às necessidades dos funcionários e da empresa. Podem ser vistas as cocheiras, a selaria, depois a escola, o armazém e também o açougue. O escritório, a casa do administrador, o cinema, a igreja, a serraria-carpintaria, a ferraria, o moinho de milho, a tulha e o beneficiamento de café.

Todo produto acabado era importado da Europa, as telhas são francesas (Marseille), o cimento, alemão e os trilhos, belgas. Os tijolos eram produzidos aqui mesmo trazendo a marca EP = Eduardo Prates e toda a madeira era extraída na própria Fazenda e desdobrada na serraria.

Vista aérea